Diferença entre sexo e gênero
Há diferença entre sexo e gênero, podendo se referir tanto a papéis sociais baseados no sexo de uma pessoa (papéis de gênero) ou identificação pessoal do conhecimento interno baseado em gênero da pessoa (identidade de gênero).[1][2][3] Cientistas sociais mais contemporâneos,[4][5][6] cientistas de comportamental e biólogos,[7] vários sistemas legais e corpos de governo,[8] e agências intergovernamentais como a OMS[9] fazem uma distinção entre gênero e sexo.
Em algumas circunstâncias, o sexo de um indivíduo e o gênero não são compatíveis, e a pessoa pode ser transgênero.[10] Em outros casos, um indivíduo pode ter características sexuais que complicam seu sexo atribuído, e a pessoa pode ser intersexo.
No discurso casual, sexo e gênero são frequentemente usados intercambiavelmente.[11][12] Algumas línguas, como alemão ou finlandês, não têm palavras separadas para sexo e gênero. Alemão, por exemplo, usa Biologisches Geschlecht para sexo biológico, e Soziales Geschlecht para gênero quando fazendo a distinção.[13]
O sexólogo John Money introduziu a distinção terminológica entre sexo biológico e gênero social em 1955. Antes de seu trabalho, o uso do termo "gênero" era pouco comum em estudos acadêmicos (exceto para se referir a categorias gramaticais, por exemplo).[11][12] No entanto, o significado da palavra dado por Money não se generalizou até à década de 1970, quando as teorias feministas abraçaram o conceito da distinção entre o sexo biológico e a construção social de gênero. Hoje, a distinção é rigorosamente seguida em alguns contextos, principalmente nas ciências sociais[14][15] e em documentos escritos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).[16]
Sexo
[editar | editar código-fonte]O sexo refere-se às características sexuais e pode ser identificado à nascença por médicos com base nas genitálias, independentemente da futura identidade de gênero da pessoa. O sexo pode ser classificado em masculino, feminino, diádico, intersexo e altersexo.[17] Embora existam classificações mais atuais, que tentam se desvencilhar das terminologias tradicionais, levando em conta Ductos de Müller e de Wolff, pessoas ovarianas, espermatogênicas, oogénicas, estrogênicas ou testoidais, vulvares, vulvovaginais ou vaginais, neovaginais ou falginais, penianas, penoscrotais ou fálicas e testiculares (testiculadas), que podem ser diádicas/endossexo ou intersexo, exceto quando são ovotesticulares (bigonadais, ambigonadais, ovotestis ou ovotesticuladas).[18]
Anisogamia, ou as diferenças de tamanho dos gametas (células sexuais), é a característica definidora dos dois sexos. Por definição, pessoas macho têm pequenas gametas (microgametas ou espermatozoides); indivíduos fêmea têm grandes gametas (óvulo, megagameta ou macrogameta).[19] Em seres humanos, a diferenciação sexual típica masculina e feminina inclui a presença ou ausência de um cromossomo Y, o tipo de gônadas, os hormônios sexuais, a anatomia reprodutiva interna (tal como o útero em fêmeas) e a genitália externa.[20]
O consenso entre os cientistas é de que todos os comportamentos são fenótipos — complexas interações entre biologia e ambiente — e, portanto, a categorização inato ou adquirido é enganosa.[21][22][23] O termo diferenças sexuais é normalmente aplicado aos traços de dimorfismo sexual que se supõem terem ser evoluído como consequências da seleção sexual. Por exemplo, a "diferença sexual" humana quanto à estatura é uma consequência da seleção sexual, enquanto a "diferença de gênero" tipicamente vista como o comprimento dos cabelos (mulheres tendem a ter cabelos mais longos) não é.[24][25] A investigação científica mostra o sexo do indivíduo influencia em seu comportamento.[26][27][28][29][30]
O sexo é notado como diferente de gênero no Oxford English Dictionary, onde ele diz que sexo "tende agora a referir-se às diferenças biológicas". A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma igualmente que "sexo refere-se à características biológicas e fisiológicas que definem homens e mulheres" e que "homem e mulher são categorias sexuais".[31]
O dicionário Dicionário UNESP do português contemporâneo define sexo como "conjunto de caracteres estruturais e funcionais segundo um ser vivo é classificado como macho ou fêmea".[32]
Intangibilidade sexual
[editar | editar código-fonte]As conceituações originárias do termo altersexo visam uma intangibilidade imaterial perante o espectro bimodal de sexo,[33][34] o que significa que uma pessoa pode conceitualizar sua corporeidade, seu corpo físico, de outra forma, na perspectiva cognitiva dela, como idealizando seu corpo como a de um animal não-humano.[35] O espectro de sexo é geralmente tido como bimodal, dessa forma, as tipicidades tendem a parecer mais masculinas ou mais femininas, havendo também intermediários, chamados de intersexo,[36] logo, o espectro é ainda tido como um continuum.[37]
História
[editar | editar código-fonte]Do Renascimento ao século XVIII, houve uma inclinação prevalecente entre os médicos no sentido da existência de um único sexo biológico.[38] Em alguns discursos, essa visão persistiu até os séculos XVIII e XIX.[38] :149[38] :150-151 Mesmo no auge, o modelo um-sexo foi apoiado entre os europeus altamente qualificados, mas não se tem conhecimento de ter sido um ponto de vista popular ou totalmente acordado pelos médicos que trataram a população em geral.[38] :68 & 135
Gênero
[editar | editar código-fonte]Género (português europeu) ou gênero (português brasileiro) é uma gama de características pertencentes e diferenciadas entre a masculinidade, a neutralidade, a androginia e a feminilidade. Dependendo do contexto, essas características podem incluir o sexo biológico — seja ele masculino, feminino ou uma variação hermafrodita/intersexo —, as estruturas sociais baseadas no sexo, o papel social de gênero (e outros papéis sociais) e a identidade de gênero.[39][40][16] Algumas culturas têm papéis de gênero específicos que podem ser considerados distintos da categoria "homens" e "mulheres", como a hijra na Índia e Paquistão.
A definição em uso da Organização Mundial de Saúde para seu trabalho é que "'gênero' refere-se aos papéis, comportamentos, atividades e atributos socialmente construídos que uma determinada sociedade considera apropriados para homens e mulheres" e que "'masculino' e 'feminino' são categorias de gênero."[41]
A GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation) faz uma distinção entre sexo e gênero em sua mais recente Media Guide Reference: sexo é "a classificação de pessoas como homem ou mulher" no nascimento, com base em características corporais, como cromossomos, hormônios, órgãos reprodutivos internos e genitália. A identidade de gênero é "o senso interno e pessoal de ser um homem ou uma mulher (ou um menino ou uma menina)".[42]
Alguns filósofos feministas afirmam que o gênero é totalmente indeterminado pelo sexo.[43]
O gênero, no sentido de distinções sociais e comportamentais, surgiu de acordo com evidências arqueológicas há "pelo menos cerca de 30.000 anos".[44] Mais evidências foram encontradas há cerca de "26.000 anos",[45] pelo menos, no Sítio arqueológico de Dolní Věstonice e outros, onde é hoje a República Checa.[46] Isto é, durante o período de tempo do Paleolítico Superior.
O significado histórico do gênero, em última análise, derivado do latim genus, era "tipo" ou "variedade". Por volta do século XX, este significado era obsoleto e o único uso formal de gênero se deu na gramática.[39] Isso mudou no início de 1970, quando o trabalho de John Money, particularmente o popular livro de faculdade Man & Woman, Boy & Girl, foi abraçado pela teoria feminista. Este significado de gênero é agora predominante nas ciências sociais; embora em muitos outros contextos, gênero inclui ou substitui sexo.[40]
Crítica da distinção de "diferença sexual" e "diferença de gênero"
[editar | editar código-fonte]A distinção atual entre a diferença de termos "sexo vs. diferença de gênero" tem sido criticada como enganosa e contraproducente. Estes termos sugerem que o comportamento de um indivíduo pode ser dividido em fatores biológicos e culturais separados. Em vez disso, todos os comportamentos são fenótipos - um complexo entrelaçamento de ambos natureza e criação.[47]
Diane Halpern, em seu livro Sex Differences in Cognitive Abilities, argumentou problemas com a terminologia "sexo vs. género": "Eu não posso discutir (neste livro) que a natureza e a educação são inseparáveis e em seguida usar termos diferentes para se referir a cada classe de variáveis. As manifestações biológicas de sexo são confundidas com variáveis psicossociais (...) O uso de termos diferentes para rotular estes dois tipos de contribuições para a existência humana parece inadequado à luz da posição biopsicossocial a que aderi". Ela também declarou que "Pinker (2006b, parágrafo 2.) proporcionou um resumo claro dos problemas com os termos sexo e gênero: "Parte dela é um novo preciosismo de muitas pessoas hoje são escrúpulos sobre dimorfismo sexual, como os vitorianos foram sobre o sexo. A palavra "sexo" se refere... (tanto) à cópula e ao dimorfismo sexual... "[48] Richard Lippa escreve em Gender, Nature and Nurture que "alguns pesquisadores argumentam que a palavra "sexo" deve ser usada para se referir a (diferenças biológicas), ao passo que a palavra "gênero" deve ser utilizada para se referir a (diferenças culturais). No entanto, não é de todo claro o grau em que as diferenças entre os machos e fêmeas são devido a fatores biológicos em relação aos fatores aprendidos e culturais. Além disso, uso indiscriminado da palavra "gênero" tende a obscurecer a distinção entre dois temas diferentes: (a) diferenças entre machos e fêmeas, e (b) as diferenças individuais na masculinidade e feminilidade que ocorrem dentro de cada sexo".[49]
Tem sido sugerido que as distinções mais úteis a se fazer seria se a diferença de comportamento entre os sexos é primeiro devida a uma adaptação evoluída, então, nesse caso, se a adaptação é dimorfismo sexual (diferente) ou sexualmente monomórfica (o mesmo em ambos os sexos). O termo "diferença entre os sexos" poderia, então, ser redefinido como diferenças entre-sexo que são manifestações de uma adaptação do dimorfismo sexual (que é como muitos cientistas usam o termo[50][51]), enquanto que o termo "diferença de gênero" poderia ser redefinido como devido ao diferencial de socialização entre os sexos de uma adaptação ou subproduto monomórfico. Por exemplo, uma maior propensão masculina para a agressão física e tomada de risco seria chamado uma "diferença sexual"; o comprimento dos cabelos geralmente mais longos em fêmeas seria chamado de "diferença de gênero".[52]
Transgeneridade
[editar | editar código-fonte]A transgeneridade é um grupo de identidades e experiências de sexo e variação de gênero, mudanças e misturas.[53] Isto é, quando o sexo atribuído a um indivíduo ao nascer não corresponde com o sexo com o qual se identifica. Sob a égide do transgênero inclui-se transexuais e pessoas não-binárias. As pessoas transexuais (e algumas não-binárias) muitas vezes se submetem à cirurgia de redesignação de sexo, tomam hormônios ou mudam seu estilo de vida para se sentirem mais confortáveis.[53]
Feminismo
[editar | editar código-fonte]Geral
[editar | editar código-fonte]Muitas feministas consideram que o sexo seja apenas uma questão de biologia e algo que não é sobre a construção social ou cultural. Por exemplo, Lynda Birke, bióloga feminista, afirma que "'biologia" não é vista como algo que poderia mudar."[54] No entanto, a distinção sexo / gênero, também conhecida como o Modelo Padrão de sexo / gênero, é criticada por feministas que acreditam que há uma ênfase excessiva colocada no sexo ser um aspecto biológico, algo que é fixo, natural, imutável e que consiste de uma dicotomia macho / fêmea. Elas acreditam que a distinção não reconhece qualquer coisa fora da dicotomia "estritamente masculino / feminino" e que cria uma barreira entre aqueles que se encaixam e aqueles que são incomuns. A fim de provar que o sexo não é apenas limitado a duas categorias, Sexing The Body, um livro de Anne Fausto-Sterling, aborda o nascimento de crianças que são intersexuais. Neste caso, o modelo de padrão (sexo / distinção de gênero) é visto como incorreto no que diz respeito à sua noção de que existem apenas dois sexos, masculino e feminino. Isto porque "a completa masculinidade e feminilidade representam os extremos de um espectro de possíveis tipos de corpo."[55] Em outras palavras, Fausto-Sterling argumenta que há uma multidão de sexos entre os dois extremos do sexo masculino e feminino.
Ao invés de ver o sexo como uma construção biológica, há feministas que aceitam tanto o sexo como o gênero como sendo construções sociais. Segundo a Sociedade Intersexo da América do Norte, "a natureza não decide onde a categoria "masculino" termina e a categoria "intersexual" começa, ou onde a categoria "intersexual" termina e a categoria "feminino" começa. Os seres humanos decidem. Os seres humanos (hoje, tipicamente os médicos) decidem o quão pequeno um pênis tem que ser ou quão incomum uma combinação de peças tem de ser, antes de ele considerar como intersexual".[56] Fausto-Sterling acredita que o sexo é construído socialmente, porque a natureza não decide sobre quem é visto como um macho ou fêmea fisicamente. Em vez disso, os médicos decidir o que parece ser um sexo "natural" para os habitantes da sociedade. Além disso, o sexo, comportamento, ações e aparência de homens / mulheres são também vistos como socialmente construídos porque os códigos de feminilidade e masculinidade são escolhidos e considerados aptos pela sociedade para o uso social.
West e Zimmerman e o "fazendo gênero"
[editar | editar código-fonte]Usado principalmente em estudos de sociologia e de gênero, o termo fazendo gênero refere-se ao conceito de gênero como um desempenho socialmente construído que acontece durante as interações humanas de rotina e não como um conjunto de qualidades essenciais com base no sexo biológico de alguém.[57] O termo apareceu pela primeira vez no artigo de Candace West e Don Zimmerman Doing gender, publicado no jornal Gender and Society.[58] Escrito em 1977, mas apenas publicado em 1987,[59] Doing Gender é o artigo publicado mais citado da Gender and Society.[58] West e Zimmerman afirmam que para entender o gênero como atividade é importante diferenciar entre sexo, categoria de sexo e gênero.[57]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Carlson, Neil R. (2009). Psychology: the Science of Behaviour, Fourth Canadian Edition with MyPsychLab. William Buskist, C. Donald Heth, Rod Schmaltz. [S.l.]: Pearson Education Canada. ISBN 978-0-205-70286-2. OCLC 1245768694
- ↑ «Gender and Genetics». WHO. Consultado em 31 de julho de 2020
- ↑ «Sex & Gender | Office of Research on Women's Health». National Institutes of Health. Consultado em 20 de setembro de 2021
- ↑ Kimmel, Michael S. (2017). The Gendered Society 6 ed. New York: [s.n.] ISBN 978-0-190-26031-6. OCLC 949553050
- ↑ «GENDER definition». Social Science Dictionary. Consultado em 20 de setembro de 2021. Cópia arquivada em 11 de fevereiro de 2011
- ↑ McManama, John (1972). An effective program for teacher-aide training. West Nyack, N.Y: Parker Pub. Co. ISBN 978-0-132-44830-7. OCLC 448140
- ↑ Paludi, Michele Antoinette (2008). Psychology of women at work. Westport, Conn.: Praeger. p. 153. ISBN 978-0-275-99678-9. OCLC 647927300
- ↑ O'Halloran, Kerry (2020). Sexual orientation, gender identity and international human rights law: common law perspectives. London; New York: Routledge, Taylor & Francis Group. pp. 22–28, 328–329. ISBN 978-0-429-44265-0. OCLC 1110674742
- ↑ «Gender: definitions». www.euro.who.int (em inglês). Consultado em 20 de setembro de 2021
- ↑ Prince, Virginia. 2005. "Sex vs. Gender." International Journal of Transgenderism. 8(4).
- ↑ a b Udry, J. Richard (novembro de 1994). «The Nature of Gender» (PDF). The University of North Carolina at Chapel Hill (em inglês). JSTOR 2061790. doi:10.2307/2061790. Consultado em 20 de setembro de 2021. Arquivado do original (PDF) em 1 de novembro de 1994
- ↑ a b Haig, David (abril de 2004). «The Inexorable Rise of Gender and the Decline of Sex: Social Change in Academic Titles, 1945–2001» (PDF). Department of Organismic and Evolutionary Biology. doi:10.1023/B:ASEB.0000014323.56281.0d. Consultado em 20 de setembro de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 25 de maio de 2011
- ↑ Helfrich, Hede (2019). Kulturvergleichende Psychologie 2., überarb. Auflage 2019 ed. Berlin, Heidelberg: Berlin Springer. pp. 147–154. ISBN 978-3-662-57665-6. OCLC 1187809654. doi:10.1007/978-3-662-57665-6_11
- ↑ Lindsey, Linda L. (2010). «Ch. 1. The Sociology of gender». Gender Roles: A Sociological Perspective (PDF). [S.l.]: Pearson. ISBN 0-13-244830-0. Arquivado do original (PDF) em 5 de abril de 2015
- ↑ a b «What do we mean by "sex" and "gender"?». World Health Organization. Consultado em 26 de novembro de 2015. Arquivado do original em 30 de janeiro de 2017
- ↑ «1) Biological Sex and Sex Characteristics». Mx. Anunnaki Ray Marquez (em inglês). 24 de dezembro de 2016. Consultado em 9 de dezembro de 2018
- ↑ «Glossário: Termos Sobre Gêneros, Sexualidades, Romanticidades, Corporalidades, Feminismo, Não-Monogamia, Preconceitos». Coletivo Anarquista Bandeira Negra. Consultado em 9 de dezembro de 2018
- ↑ Martin Daly; Margo Wilson (1983). Sex, Evolution, and Behavior. Willard Grant Press. ISBN 978-0-87150-767-9.
- ↑ David Knox; Caroline Schacht (2012). Choices in Relationships: An Introduction to Marriage and the Family. Cengage Learning. pp. 64–66. ISBN 1-111-83322-2.
- ↑ Darlene Francis e Daniela Kaufer. «Beyond Nature vs. Nurture» (em inglês). The Scientist. Consultado em 29 de dezembro de 2015
- ↑ John A. Johnson Ph.D. John A. Johnson Ph.D. «What Anti-Evolutionary Psychologists are Really Worried About» (em inglês). Psychology Today. Consultado em 29 de dezembro de 2015
- ↑ Matt Ridley (2004). The Agile Gene: How Nature Turns on Nurture. HarperCollins. ISBN 978-0-06-000679-2.
- ↑ Linda Mealey (2000). Sex Differences: Developmental and Evolutionary Strategies. Academic Press. ISBN 978-0-08-054113-6.
- ↑ David C. Geary (2010). Male, Female: The Evolution of Human Sex Differences. American Psychological Association. ISBN 978-1-4338-0682-7.
- ↑ Haier, Richard J, Rex E Jung, and others, The Neuroanatomy of General Intelligence: Sex Matters, in NeuroImage, vol. 25 (2005): 320–327.
- ↑ Karolinska Institutet (2008). «Sex differences in the brain's serotonin system» (em inglês). Phys.org. Consultado em 29 de dezembro de 2015
- ↑ Robin Lloyd (19 de abril de 2006). «Emotional Wiring Different in Men and Women» (em inglês). Live Science. Consultado em 29 de dezembro de 2015
- ↑ Frederikse ME, Lu A, Aylward E, Barta P, Pearlson G (1999). Sex differences in the inferior parietal lobule. Cerebral Cortex 9 (8): 896–901. doi:10.1093/cercor/9.8.896. PMID 10601007.
- ↑ Marianne J. Legato; John P. Bilezikian (2004). Principles of Gender-specific Medicine. Gulf Professional Publishing. p. 70. ISBN 978-0-12-440906-4.
- ↑ Keith Brooke (2012). Strange Divisions and Alien Territories: The Sub-Genres of Science Fiction. Palgrave Macmillan. p. 177. ISBN 978-0-230-36027-3.
- ↑ «Dicionário UNESP do português contemporâneo» UNESP. 2005. p. 1281. ISBN 978-85-7139-576-3.
- ↑ «Gender Spectrum: A Scientist Explains Why Gender Isn't Binary». Cade Hildreth (em inglês). 22 de abril de 2021. Consultado em 2 de junho de 2021
- ↑ «Altersex - body descriptor and alternative to fetish terms? — Weasyl». www.weasyl.com. Cópia arquivada em 10 de dezembro de 2018
- ↑ V. Fort, Alexander. «Sex and the Impossible». scripties.uba.uva.nl. Stigma and Sexualities of Online Fantasy Fetish Content Creators. University of Amsterdam. Consultado em 30 de março de 2021
- ↑ Montañez, Amanda. «Visualizing Sex as a Spectrum». Scientific American Blog Network (em inglês). Consultado em 2 de junho de 2021
- ↑ Admin (27 de novembro de 2019). «The Intersex Continuum». Redline (em inglês). Consultado em 2 de junho de 2021
- ↑ a b c d Thomas Walter Laqueur (1992)
- ↑ a b Udry, J. Richard (novembro de 1994). «The Nature of Gender» (PDF). Demography. 31 (4): 561–573. JSTOR 2061790. PMID 7890091. doi:10.2307/2061790
- ↑ a b Haig, David (abril de 2004). «The Inexorable Rise of Gender and the Decline of Sex: Social Change in Academic Titles, 1945–2001» (PDF). Archives of Sexual Behavior. 33 (2): 87–96. PMID 15146141. doi:10.1023/B:ASEB.0000014323.56281.0d. Arquivado do original (PDF) em 15 de junho de 2012
- ↑ Dr Veronica Magar (2015). «Gender, health and the Sustainable Development Goals» (em inglês). WHO. Consultado em 1 de janeiro de 2016
- ↑ «GLAAD Media Reference Guide - Transgender Issues» (em inglês). GLAAD. 2015. Consultado em 1 de janeiro de 2016
- ↑ Robert Benewick; Philip Green (2002). The Routledge Dictionary of Twentieth-Century Political Thinkers. Routledge. pp. 84–86. ISBN 978-1-134-86467-6.
- ↑ Adovasio, J. M., Olga Soffer, & Jake Page, The Invisible Sex: Uncovering the True Roles of Women in Prehistory (Smithsonian Books & Collins (HarperCollinsPublishers), 1st Smithsonian Books ed. 2007 (ISBN 978-0-06-117091-1)), p. [277].
- ↑ Adovasio, J. M., et al., The Invisible Sex, op. cit., p. 170 & see pp. 185–186.
- ↑ Adovasio, J. M., et al., The Invisible Sex, op. cit., p. [169].
- ↑ Francis, D., & Kaufer, D. (2011). Beyond Nature vs. Nurture. The Scientist. 2011
- ↑ Diane F. Halpern (2013). Sex Differences in Cognitive Abilities (4a. ed.). Psychology Press. pp. 35 – 36. ISBN 978-1-136-72282-0.
- ↑ Richard A. Lippa (2014). Gender, Nature, and Nurture. Taylor & Francis. pp. 3–4. ISBN 978-1-135-65745-1.
- ↑ Sell, Aaron (2009). «Standards of evidence for designed sex differences». Santa Barbara: Department of Psychology, University of California (em inglês). doi:10.1017/S0140525X09990276
- ↑ Bourke CH; Harrell CS; Neigh GN (Agosto de 2012). «Stress-induced sex differences: adaptations mediated by the glucocorticoid receptor». Hormones and Behavior. 62 3 ed. pp. 210–8. PMC 3384757. PMID 22426413. doi:10.1016/j.yhbeh.2012.02.024
- ↑ Mills, M.E. (2011). "Sex Difference vs. Gender Difference? Oh, I'm So Confused!" Psychology Today.
- ↑ a b Davidson, Megan. 2007. "Seeking Refuge Under the Umbrella: Inclusion, Exclusion, and Organizing Within the Category Transgender'. Sexuality Research & Social Policy.
- ↑ Muriel Lederman; Ingrid Bartsch (2001). The Gender and Science Reader. Psychology Press. p. 320. ISBN 978-0-415-21357-8.
- ↑ Fausto-Sterling, Anne "Of Gender and Genitals" from Sexing the body: gender politics and the construction of sexuality New York, NY: Basic Books, 2000, [Cap. 3, pp. 44-77].
- ↑ «Frequently Asked Questions» (em inglês). ISNA - Intersex Society of North America. Consultado em 13 de janeiro de 2016
- ↑ a b West, C.; Zimmerman, D. (1987). «Doing Gender» 2 ed. Gender and Society. 1: 125–151. JSTOR 189945. doi:10.1177/0891243287001002002
- ↑ a b Jurik, N.C; Siemsen, C (2009). «Doing gender as canon or agenda: A symposium on West and Zimmerman» 1 ed. Gender and Society. 23: 72–75. JSTOR 20676750. doi:10.1177/0891243208326677
- ↑ West, C; Zimmerman, D (2009). «Accounting for doing gender» 1 ed. Gender and Society. 23: 112–122. JSTOR 20676758. doi:10.1177/0891243208326529